E tudo começa assim

Começo este blog, de mim para mim, para poder expressar aqui o que me vai na alma: os meus desejos, os meus anseios, as minhas dúvidas e as minhas emoções. Uma espécie de diário virtual da minha jornada que, espero, me ajudará a manter no caminho - este caminho terreno, exigente, cheio de obstáculos mas que pode ser tão compensador. Ontem lia um conhecido livro do Robin Sharma* (recomendado por um Padre que muito estimo) onde ele tão bem descrevia a importância de termos bem definidos os nossos objectivos na vida de forma a podermos permitir que os mesmos se cristalizem em nós e se possam tornar realidade. E não falava de objectivos financeiros, ou de fama e glória, mas sim de objectivos alinhados com o propósito de vida - aquele que nos deverá guiar a todos mas do qual estamos tantas vezes desalinhados, que nos sentimos sem rumo e sem alegria. E esse propósito será sempre em prol dos outros. 

Essa tem sido a minha procura incessante nos últimos anos - a de compreender porque estou aqui, qual a minha missão, como a cumprir. Há muita coisa que ainda não sei, tenho apenas algumas certezas: a de que quero verdadeiramente ajudar pessoas e animais, a de que procuro todos os dias ser melhor, mesmo com todas as minhas falhas e a de que trago Deus no meu coração e de que é a fé que todos os dias me move, me segura, me ampara e me dá força. 

Sinto que os últimos dois anos têm sido constantemente a medir forças comigo mesma, na tentativa de fazer o que é esperado de mim e a sentir que isso não me alegra com aquela energia pura de alma que nos dá a força para avançar mesmo entre tempestades. Por isso, ou talvez por isso, a saúde obrigou-me a parar, a ter tempo para reflectir e a sentir o meu coração. Esta é por isso uma nova etapa da minha vida, com novas decisões a serem tomadas, com menos tempo dedicada ao trabalho formal e mais tempo para as minhas causas, as minhas orações e a minha escrita. Aqui estou eu, despida de formalismos e de aparências. Aqui ficarão registados o meu sentir e as minhas falhas. Para que me recorde, constantemente, que posso sempre ser melhor. 


B. 





* O monge que vendeu o seu Ferrari

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